A minha família

Dizem que hoje dia 15 de Maio é o dia da Família, é então um dia de extrema importância para quem tudo deve  sua família como eu.
Começo por falar na família onde cresci, a família que tive a sorte de calhar pois tenho os melhores pais do mundo.
Quem me conhece sabe o valor que dou à união familiar, aos valores transmitidos através de simples gestos e o quão feliz sou por ter sido educada num ambiente familiar simples mas tão doce e completo que me trouxe tudo o que precisei e me fez quem sou hoje, uma mulher feliz.
Valorizo as pequenas coisas da vida e agradeço quando possuo algo de melhor embora que supérfluo.
Hoje penso na família onde fui criança, passei a adolescente e me tornei mulher e sinto que ela foi a base para escolher o meu caminho e um dia usar essa mesma base para formar a minha própria família.
Foi em ambiente familiar que conheci os primeiros valores e recebi as primeiras regras sociais, aprendi a perceber o mundo e a dar início à nossa identidade onde somos introduzidos num processo de socialização. Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como os nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes

Não podemos esquecer que cada um tem um papel fundamental dentro de casa, onde existem direitos e deveres, e todos devem cumprir com suas obrigações. Aí entra o respeito mútuo, a consideração pelos mais velhos, as tarefas domésticas, os deveres diários.

Quando acontecem situações em que por exemplo toda responsabilidade do dia a dia e as tarefas de casa ficam por conta da mãe ou os filhos culpam os pais por não receberem aquilo que desejam ou os irmãos estão constantemente a se desentender, nestes casos, a família permanece em desarmonia, tornando instável a união do lar e a estrutura familiar.

Certas situações podem causar grandes frustrações na nossa vida. Muitos definem a família como sendo a “base de tudo”, uma expressão bastante utilizada para caracterizar o laço familiar que vai além do sangue, sendo também emocional e espiritual. Mas esta base pode-se desintegrar, desgastando e se tornando prejudicial. Então, é preciso preservá-la sempre.

O psicanalista Evilázio Vieira ressalta que:
"Um bom relacionamento familiar é a principal arma de combate às drogas
e aos problemas emocionais que acometem os adolescentes e os jovens".

Ele explica que, a partir da adolescência, procuramos o ambiente fora de casa e os amigos para encontrar aprovação e nos identificar, e depois voltamos para o lar. Quando a família tem uma base sólida e oferece amor e atenção, o adolescente não sente necessidade de fugir da realidade nas ruas, ao lado dos amigos; ele usa o ambiente externo de forma saudável. Mas, quando a sua vida é instável no âmbito familiar, ele procura na rua aquilo que lhe falta dentro de casa, neste caso, é onde tem início a dependência química, a rebeldia e o comportamento violento.

Portanto, a família é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano, a sua ausência gera graves consequências. 

Pais e filhos precisam manter-se unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e seus os adolescentes não caiam no mundo dos vícios e das futilidades.

Hoje eu sou mãe, tenho a minha própria família e todas estas palavras têm um significado intenso fazendo todo o sentido e fazendo parte da "estratégia" de educação que eu e o meu marido aplicamos no nosso ambiente familiar.